23.8.17

NISA: Um concelho em chamas (2003) - Página 2

















O FOGO E O VENTO
Ainda a escura manhã sonolenta
Os olhos remelosos mal abria
Quando das trevas o fogo rebenta
Tornando brasa a fresca maresia

Um profundo silêncio tudo rodeia
Despertando enorme ansiedade
Augurando uma tarde, quente e feia
De incêndios, mortes e calamidade

Chegam alguns bombeiros, cansados
Sirene a tocar, agulheta na mão
Mas, Éolo e Vulcano estão aliados

Lançam o terror e grande confusão
O povo implora cheio de mágoa
Em vez de calor, venha água, água.
José Hilário