12.6.15

MEMÓRIA: Vasco Gonçalves em Nisa (1995)

Assinalou-se ontem, dia 11 de Junho, dez anos sobre a morte do general Vasco Gonçalves, um dos políticos mais carismáticos da Revolução de Abril. Vasco Gonçalves esteve em Nisa, conforme mostra o programa da iniciativa levada a cabo pela Câmara Municipal, no dia 26 de Abril de 1995, com uma sessão-debate na Biblioteca Municipal, na altura ainda designada, também, por Casa da Cultura, após um jantar comemorativo do 21º aniversário da "Revolução dos Cravos", jantar que decorreu no restaurante "O Pôr do Sol", actualmente encerrado.
Quem foi Vasco Gonçalves

Vasco dos Santos Gonçalves  (Lisboa, 3 de Maio de 1921 — Almancil, 11 de Junho de 2005) foi um militar (General) e um político português da segunda metade do século XX. Foi primeiro-ministro de Portugal dos II, III, IV e V Governos Provisórios, de 18 de Julho de 1974 a 19 Setembro de 1975, no período que ficou conhecido como Processo Revolucionário em Curso (PREC).
A 1 de Abril de 1961 foi feito oficial da Ordem Militar de Avis .
Ao tempo coronel, surgiu no Movimento dos Capitães em Dezembro de 1973, numa reunião alargada da sua comissão coordenadora efectuada na Costa da Caparica. Coronel de engenharia, viria a integrar a Comissão de Redacção do Programa do Movimento das Forças Armadas. Passou a ser o elemento de ligação com Francisco da Costa Gomes.
Membro da Comissão Coordenadora do MFA, foi, mais tarde, primeiro-ministro de sucessivos governos provisórios (II a V). Tido geralmente como pertencente ao grupo dos militares próximos do PCP, perdeu toda a sua influência na sequência dos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975.
Como primeiro-ministro, foi o mentor da reforma agrária, das nacionalizações dos principais meios de produção privados (bancos, seguros, transportes públicos, siderurgia, etc.) e do salário mínimo para os funcionários públicos, bem como o subsídio de desemprego, este através do decreto-lei n.º 169-D/75, de 31 de Março.
O seu protagonismo durante os acontecimentos do Verão Quente de 1975 levou os apoiantes do gonçalvismo, na pessoa de Carlos Alberto Moniz, a inclusive comporem uma cantiga em que figurava o seu nome: «Força, força, companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço!».
Morreu a 11 de Junho de 2005, aos 84 anos, quando nadava numa piscina, em casa de um irmão em Almancil, aparentemente devido a uma síncope cardíaca. in wikipédia.org
Recordamos aqui o homem, o democrata e o revolucionário sincero e corajoso, que tentou, à sua maneira, construir uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.

 Viva o 25 de Abril!