16.12.13

OPINIÃO: Um certo contraditório … porventura politicamente incorrecto?

Nunca vivi apegado a qualquer práxis partidária.
O momento presente, a crise financeira em que se vive cercado tem-me levado a profunda e séria reflexão.
Mas desde o primeiro momento não entendo que a  práxis política não tenha equacionado  a  necessidade de ter posto uma questão prévia : tal momento, a sua  complexidade, o confronto das negociações, a dificuldade ou a alta  tecnicidade  e rigor das mesmas,  o dever alargado de participação das mesmas, suponha à partida a escolha rigorosa dos  seus interlocutores, uma gestão política de qualidade superior, supra-partidária, com a escolhas das nossas melhores figuras integrando verdadeiros Homens de Estado, com conhecimentos e  experiências comprovadas, adequadas às  missões específicas para protecção e defesa dos  os dossiers e interesses nacionais, representando toda a sociedade portuguesa e com um matiz que abrangesse os diversos campos : político, religioso, social e  económico.
Ainda hoje rumino e dispensa desse por maior que evitaria unilateralidades e talvez permitisse  outro rasgo de intervenção.
Não quero com isso  subestimar seja quem for mas parece que constituiria a premissa maior, essencial para uma alta estratégia e campo alargado de defesa da nossa especificidade nacional.
Ficaria com isso ofendida a democracia?, muito pelo contrário  entendemos que seria uma prova de que os partidos priorizavam soluções que partiam de uma base que exigia outro tipo de intervenção em tal conjuntura.
Sucederam-se as mais  diversas dúvidas sobre as medidas aplicadas , a sua metodologia, e teme-se que o doente não morra da doença mas da cura.
Daí a  preconizada  e inicial metodologia  referida  que alguém terá qualificado como creio suspensão formal da democracia, ou  seja com uma componente acima da  partidária, com antes de tudo  técnica e preenchida com  os melhores  Homens de Estado com forte experiência nos vários dossiers  e voz  reconhecidamente autorizada , com conhecimentos e capacidades acima da média capazes de no teatro intencional  adivinhar a urgência   dos dossiers e soluções , dos nossos interesses a tratar  …salvaguardando-se  em primeira linha o desenvolvimento e sustentabilidade do país, desgraçadamente periclitante .
Digo mal? Talvez...
João Castanho