14.7.12

TRADIÇÕES: Alcunhas dos Alpalhoenses (IV)

Publicamos o quarto e último conjunto de quadras de Joaquim Carrilho Capelão dedicadas às Alcunhas de Alpalhão
32
Também tivemos uma Macaca
Ainda nos resta um Negas
E está vivinho o Farrápas
Creio ainda restarem Tetas.
33
Já se foram os Malacões
Creio restarem Gouganços
E descendentes Cagões
E bem assim alguns Mancos.
34
Já não temos nenhum Magano
Não sei se restam Sardentas
Está para durar o Cabano
Mas já se foram os Cantantas.
35
Está bem gordinho o Sopa
Mas já nos deixou o Praia
Há anos que partiu o Raivóta
Creio estar vivinho o Malafaia.
36
Temos descendentes Paivélhos
E também um Arremula
Não sei se ainda há Coelhos
Mas ainda há um Fazbulha.
37
Creio estar vivo o Sete-Patas
Já só temos um Calhicas
Sei haver muitos Cabaças
E só termos uma Pirolitas.
38
Creio só haver um Rebola
E um seu vizinho Rambóia
Em tempos tivemos um Caçoila
E se não falho uma Góia
39
Vou fechar com os Capinhas
Vou findar com os Babécas
Vou terminar com Batatinhas
Vou acabar com as Malfeitas.
40
Já tivemos um Boca de Lobo
Está vivinho o Palhota
Não sei se há algum Boto
E se existe ainda o Póca.
41
Temos também um Fandanguinho
E bem assim um Dalhadulha
Um Broa que foi Padeirinho
E um Patinhas de Cabra vivinho
42
Das alcunhas fiz a rima
De alguns filhos de Alpalhão
O autor foi o Papafina
Que aos citados lança o Perdão.
Joaquim Carrilho Capelão – Nov. 1986