4.1.12

NISA: “Golpe de teatro” na Assembleia Municipal

CDU REPROVA ORÇAMENTO DA... CDU
Com uma agenda de trabalhos bastante preenchida e de que se destacavam a discussão e aprovação do Mapa de Pessoal e dos documentos previsionais – Grandes Opções do Plano e Orçamento da Receita e Despesa do Município para 2012, a Assembleia Municipal de Nisa reuniu em sessão ordinária na sexta-feira, dia 30 de Dezembro, no auditório da Biblioteca Municipal, notando-se, entre o público, alguns trabalhadores da Ternisa, que ali foram expressar a sua preocupação quanto ao seu futuro profissional e da empresa.
O pedido de esclarecimento, apresentado no período aberto á intervenção de munícipes, desencadeou uma série de intervenções e respostas que nada responderam, por parte dos deputados municipais, perante a surpresa e incomodidade do público presente, em grande número, numa sala que já revelou, à saciedade, não reunir as condições mínimas indispensáveis a este tipo de eventos.
Estava dado o mote para uma sessão política de alguma agitação, que atingiu o seu clímax quando foi aberta a discussão sobre o Mapa de Pessoal do Município para 2012, aprovado, com os votos a favor do PS e PSD e contra da CDU, tal como acontecera na sessão da Câmara, onde a proposta inicial foi chumbada e rectificada pelos vereadores da oposição, retirando do documento, os técnicos superiores de protecção civil e sem qualquer adjectivação (é assim que consta na proposta aprovada na sessão camarária) o técnico de ciências do ambiente e três professores de inglês, mantendo o técnico florestal.
A sessão do órgão deliberativo municipal que já começara com atraso, arrastou-se e no ponto da ordem de trabalhos dedicado à análise, discussão e aprovação das Grandes Opções do Plano e do Orçamento de Despesa e Receita do Município para 2012 assistiu-se a um autêntico “golpe de teatro” com a CDU a votar em bloco contra as propostas aprovadas pela mesma CDU em sessão da Câmara de 16 de Dezembro e conseguindo, dessa forma, que os documentos previsionais voltassem à fase inicial, ou seja, ao executivo camarário.
De acordo com alguns eleitos que contactámos, esta votação sui generis terá sido motivada pela não aprovação e retirada das funções que integravam a proposta inicial do Mapa de Pessoal, não deixando, todavia, de constituir um facto político de alguma gravidade, e que põe por terra, a invocada urgência de aprovação do Plano e do Orçamento dentro do prazos adequados.
Resta agora ao presidente da mesa da Assembleia Municipal convocar uma sessão extraordinária do órgão na qual se discutam e aprovem estes documentos bem como outros que não foram alvo de qualquer apreciação e deliberação.
Mário Mendes in "Alto Alentejo" - 4/1/2012